Os professores querem a implementação do piso salarial, bem como o plano de carreira para os funcionários da educação e as correções quanto aos salários dos aposentados. De acordo com a coordenação do Sinte/RN, o salário do professor do ensino médio é R$ 712,00 e o pleito é que o governo eleve para R$ 1.312,00. Já os professores do nível superior recebem R$ 930,00 e passaria para R$ 1.836,00.
A rede estadual de ensino tem 20 mil professores ativos, 13 mil aposentados e 12 mil funcionários. O comando de greve pretende mobilizar nos próximos dias professores e servidores das 756 escolas da rede estadual.
Além da greve na rede estadual, o sindicato coordena desde o último dia 18 de fevereiro a paralisação das atividades da rede municipal ensino de Natal. Na sexta-feira passada uma decisão de tutela antecipada em favor da Prefeitura de Natal, concedida pela 3ª Vara da Fazenda Pública, acatou o pedido de ilegalidade da greve.
Grade curricular
Mudanças no modelo de ensino nas escolas da rede estadual surpreenderam estudantes e alunos na volta às aulas. A implantação “em cima da hora” da nova grade curricular, no formato semestral, anunciado às direções em reunião na última quarta-feira, com a secretaria estadual de Educação, deixou as escolas sem tempo para reorganizar os horários de aulas. Em algumas escolas, como o Colégio Atheneu, as aulas foram suspensas para que professores e direção refaçam o cronograma.
O modelo consiste em compactar o ensino a partir da redução em 50% do número de turmas, compensados pelo dobro de aulas. Ou seja, se uma disciplina previa quatro aulas semanais para o ano inteiro, será dada em oito aulas semanais em seis meses, facilitando o aprendizado do aluno.
No entanto, a forma como foi implantada causa transtornos para os servidores uma vez que possibilita a carga horária “quebrada”. Por contrato, os professores são obrigados a cumprir 24 horas semanais. Mas a inclusão de novas disciplinas, sem a extensão do horário de aulas, altera a distribuição de tempo, de modo que professores terão que buscar outras instituições para complementar a jornada semanal.
Fonte: www.tribunadonorte.com.br
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